Asma

Mitos e Verdades

- O que é asma? 
Asma é uma doença das vias respiratórias, cujos sintomas mais freqüentes são tosse, falta de ar, chiado e sensação de aperto no peito. Às vezes, pode ocorrer aumento da produção de muco ou catarro. Os sintomas são episódicos e podem melhorar espontaneamente ou com o uso de medicações. A causa da doença é uma inflamação que acomete as vias aéreas e que torna o indivíduo muito sensível a vários tipos de fatores irritantes, principalmente os inalatórios.

- Todas as asmas são iguais? 
Não. Existem vários tipos de asma com diferenças importantes.

Em primeiro lugar, pode haver diferença quanto à gravidade. Há pacientes que apresentam crises leves e esporádicas, cuja avaliação médica pode indicar tratamento apenas para as crises. Por outro lado, existem pacientes com sintomas mais intensos e muito freqüentes, cuja avaliação médica pode indicar tratamento contínuo.

Em segundo lugar, pode haver diferença no aparecimento da doença. A asma pode surgir na infância ou nos indivíduos jovens, em geral associados com quadros alérgicos como rinite e problema de pele. A asma, por outro lado, pode surgir na vida adulta, situação em que não se associa com alergia e, muitas vezes, se associa a infecções respiratórias.

Em terceiro lugar, pode haver diferença na evolução da doença. Uma parte dos pacientes com asma de surgimento na infância melhora e até fica assintomática a partir da adolescência. Outra parte desses pacientes melhora a partir da adolescência, mas volta a ter sintomas em alguma fase da vida adulta. E há aqueles pacientes que não apresentam essa melhora na adolescência.

Em quarto lugar, pode haver diferença nos sintomas da doença. Embora os sintomas típicos sejam tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito, alguns pacientes apresentam apenas tosse como manifestação da asma. Esses casos podem ter o diagnóstico um pouco mais difícil, requerendo exames específicos para tal.

- A asma é muito frequente? 
Sim, a asma é uma doença muito comum, afetando tanto crianças, quanto adultos, mas é mais freqüente nas crianças. Esse problema acomete 10 – 20% da população no Brasil.

- “Tenho bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática, e não asma. Qual a diferença?” 
A asma é também conhecida popularmente como bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. Um erro que frequentemente ocorre é a utilização dos termos bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática para diminuir a importância dessa condição e descaracterizá-la como doença. O paciente, muitas vezes, prefere dizer que tem só uma bronquite e que, portanto, não precisa de tratamento. Na verdade o termo cientificamente correto é asma e esse diagnóstico sempre exige uma avaliação médica correta para a necessidade e tipo de tratamento.

- O que provoca uma crise de asma? 
Existem vários fatores que podem desencadear uma crise de asma. Esses fatores podem variar para cada paciente. Para cada pessoa pode existir um fator isolado ou vários fatores que agem em conjunto ou não. Os fatores mais freqüentes são alergia, infecções, exercícios físicos, mudanças climáticas, poluição, tabagismo, medicamentos, alimentos, produtos industriais e aspectos emocionais.

- A asma tem cura? 
Essa doença não tem cura. Há, no entanto, tratamento efetivo que controla a doença e que possibilita ao paciente asmático levar uma vida perfeitamente normal. Além disso, a doença não se apresenta da mesma forma para todas as pessoas. Há um grupo de pacientes que apresentam asma na infância e que os sintomas diminuem ou desaparecem na adolescência. Também existem aqueles pacientes com asma muito leve que ficam longos períodos de tempo sem crise. Esses aspectos dão vazão a muitas crendices como a de que a criança fez uma simpatia na infância e ficou livre da asma na adolescência, quando, na verdade, essa seria a evolução natural mesmo sem a simpatia.

- A asma pode curar sozinha? 
Não, essa doença não tem cura. Entretanto, a gravidade da doença é diferente de paciente para paciente e há um grupo de pacientes que apresenta asma na infância e que os sintomas diminuem ou desaparecem na adolescência. Também existem aqueles pacientes com asma muito leve que ficam longos períodos de tempo sem crise.

- A asma não tem perigo? 
A asma é uma doença crônica de evolução benigna se o tratamento for bem conduzido. Entretanto, em situação em que ela não é tratada e fica com a doença descontrolada, pode ocorrer crise grave com complicações que podem ser fatais. O risco de morte está aumentado em especial naqueles pacientes com doença não controlada que não fazem acompanhamento médico e não seguem o tratamento preconizado. O exemplo dessa situação é aquele paciente que tem sintomas ou crises muito freqüentes, às vezes diariamente, com muitas visitas ao pronto socorro ou serviços de emergência. Nesse caso, o tratamento bem conduzido controla a doença e evita essas complicações.

- O que se pode esperar do tratamento da asma? 
Considerando que não há cura para a asma, o objetivo do tratamento será: manter o paciente assintomático; possibilitar uma atividade diária normal: trabalho, escola, lazer; possibilitar o crescimento normal da criança; normalizar a função pulmonar; prevenir crises, idas à emergência e hospitalizações; reduzir o uso de broncodilatadores de alívio; evitar complicações fatais. Para isso, cada paciente deverá ser submetido a uma avaliação médica para definir a melhor forma de tratamento.

- Em que consiste o tratamento da asma? 
O tratamento da asma compreende: 1) controle ambiental, evitando os fatores desencadeantes identificados; 2) uso de medicações de acordo com a gravidade dos sintomas.

- Quais os tipos de medicações para asma? 
As medicações mais eficazes para o tratamento da asma são as usadas por inalação. Elas podem ser utilizadas na forma de spray (“bombinhas”) ou na forma de dispositivos com pó. Essas medicações podem ser divididas em dois grandes grupos principais: as que proporcionam alívio imediato (mas não previnem as crises) e as que previnem as crises. O primeiro grupo de medicação, utilizado em geral sob a forma de “bombinhas”, compreende os broncodilatadores de curta ação que servem para aliviar rapidamente os sintomas, mas não tratam a inflamação e não previnem as crises. O segundo grupo, utilizado sob a forma de “bombinhas” ou de várias formas de medicações em pó para inalação, compreendem os corticóides inalados e os broncodilatadores de longa ação. Essas medicações tratam a causa básica da asma: a inflamação das vias aéreas. Portanto, são as principais medicações no controle da doença e na prevenção das crises.

- As “bombinhas” fazem mal ao coração? 
Não. As medicações inaladas são as mais eficientes no tratamento da asma e, quanto usadas conforme as recomendações médicas, elas controlam a doença, evitam as crises e evitam o risco de morte. Entretanto, deve-se lembrar que existem dois tipos principais de “bombinhas”: as que proporcionam alívio imediato e as que tratam a inflamação, prevenindo as crises. Às vezes, ocorre que o paciente se automedica apenas com as “bombinhas” para alívio sintomático, não seguindo recomendações médicas e não controlando a doença. Na verdade, esse paciente precisaria também do uso de medicações preventivas. A asma sempre exige uma avaliação médica para decidir o tratamento mais indicado.

- O uso das “bombinhas” vicia? 
Não, pois o que vai dentro delas são os medicamentos para aliviar os sintomas da doença ou para tratar a inflamação das vias aéreas e prevenir as crises. O que acontece é que existem pacientes com asma grave que necessitam manter uso continuado do tratamento para controle da doença. Asma é uma doença das vias respiratórias, cujos sintomas mais freqüentes são tosse, falta de ar, chiado e sensação de aperto no peito. Às vezes, pode ocorrer aumento da produção de muco ou catarro. Os sintomas são episódicos e podem melhorar espontaneamente ou com o uso de medicações. A causa da doença é uma inflamação que acomete as vias aéreas e que torna o indivíduo muito sensível a vários tipos de fatores irritantes, principalmente os inalatórios.